A IA na segurança da informação vem ganhando espaço nas empresas que buscam maior eficiência, automação e proteção frente às ameaças digitais. No entanto, a mesma tecnologia que fortalece a defesa pode também ser usada por cibercriminosos para atacar sistemas com mais velocidade e precisão.
Neste cenário, surge a grande dúvida: a IA é uma aliada ou uma inimiga da segurança da informação?
O impacto da IA na segurança da informação
A adoção da IA na segurança da informação já é uma realidade. Ferramentas baseadas em IA estão sendo utilizadas para:
- Monitoramento de redes em tempo real
- Análise automatizada de logs
- Identificação de vulnerabilidades digitais
- Resposta rápida a ataques cibernéticos com IA
- Prevenção de vazamentos e proteção de dados sensíveis
Esses recursos oferecem um ganho significativo em agilidade e precisão, principalmente para empresas que precisam lidar com grandes volumes de dados e ambientes de TI complexos.
IA como aliada da proteção de dados
Do ponto de vista da proteção de dados, a IA se mostra uma grande aliada. Com algoritmos de aprendizado de máquina, é possível identificar padrões suspeitos e agir proativamente, impedindo que ameaças digitais se concretizem.
Além disso, a IA permite a automação na cibersegurança, reduzindo a dependência de ações manuais e aumentando a eficiência das equipes de segurança. Ferramentas de IA também ajudam a evitar erros humanos, um dos principais fatores em incidentes de segurança.
Outro ponto importante é o suporte à privacidade da informação. A IA pode, por exemplo, aplicar máscaras inteligentes em dados sensíveis, garantir controle de acesso baseado em função e manter trilhas de auditoria completas, como exigem leis como a LGPD e o GDPR.
IA como ameaça: riscos reais e crescentes
Um dos pontos mais alarmantes revelados no relatório State of Cybersecurity 2025, da Ivanti, é a lacuna entre percepção de risco e preparo real das organizações. A pesquisa identificou cinco áreas críticas onde a inteligência artificial na segurança da informação está sendo usada por agentes maliciosos para potencializar ameaças já conhecidas.
1. Ransomware
- 58% dos profissionais de segurança consideram o ransomware uma ameaça crítica.
- No entanto, apenas 29% se dizem preparados para enfrentá-lo.
- A IA tem acelerado a criação de códigos maliciosos, simulado ataques e ajustado estratégias automaticamente com base nas defesas detectadas.
2. Exposição via APIs
- 52% das empresas classificam os ataques via API como ameaça crítica.
- Apenas 31% se consideram realmente preparadas.
- A IA permite que cibercriminosos mapeiem endpoints, encontrem falhas de lógica e burlem autenticações com mais eficiência.
3. Vulnerabilidades em Software
- A pesquisa mostrou um gap de 19 pontos entre a gravidade percebida e a preparação real.
- Uso de software obsoleto, silos de dados e atrasos no patching favorecem o aumento da superfície de ataque.
- A IA amplia a distância entre empresas que aplicam correções com agilidade e aquelas que mantêm sistemas vulneráveis por muito tempo.
4. Credenciais Comprometidas
- Também com gap de 19%, as credenciais continuam sendo uma porta de entrada comum.
- Com o uso da IA, os atacantes automatizam credential stuffing, simulam comportamentos humanos e burlam autenticações multifator com mais precisão.
5. Phishing
- Apenas 37% das equipes de cibersegurança afirmam estar preparadas para ataques de phishing.
- A IA torna essas ameaças mais perigosas ao criar e-mails altamente personalizados, simular vozes e gerar deepfakes convincentes — dificultando a detecção por parte dos usuários.
Fonte: Ivanti – State of Cybersecurity 2025
Falhas comuns nas defesas corporativas
Apesar dos avanços tecnológicos, muitas empresas ainda falham em aspectos básicos da segurança da informação. De acordo com pesquisas recentes:
- Apenas 37% das organizações se sentem preparadas contra phishing
- 52% veem os ataques via API como críticos, mas apenas 31% se dizem prontas para enfrentá-los
- Credenciais comprometidas ainda são um ponto fraco em muitas infraestruturas
- O uso de softwares desatualizados segue como um dos principais vetores de risco
Essas falhas mostram que a verdadeira ameaça não está apenas na IA em si, mas na má aplicação da tecnologia e na falta de boas práticas de segurança.
Como usar a IA a favor da segurança da informação
Para que a inteligência artificial na segurança da informação seja de fato uma aliada, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem estratégica, com base em segurança preventiva e gestão de riscos.
Boas práticas recomendadas:
- Mapeie a superfície de ataque
Faça uma varredura contínua de todos os pontos de exposição digital. - Priorize ameaças reais
Use frameworks para identificar o que realmente representa risco. - Automatize sem perder o controle
Implemente ferramentas de IA com supervisão humana e políticas claras. - Garanta a proteção de dados sensíveis
Use técnicas de mascaramento, criptografia e controle de acesso granular. - Treine sua equipe
A segurança da informação é responsabilidade de todos. Capacitar colaboradores reduz falhas humanas.
O papel da TPS IT nesse cenário
Com mais de 25 anos de experiência em tecnologia e especialista em soluções de infraestrutura e segurança digital, a TPS IT oferece suporte estratégico para empresas que buscam implementar IA com responsabilidade.
A TPS atua desde a análise de vulnerabilidades, passando pela implantação de soluções de cibersegurança, até o monitoramento contínuo de ambientes críticos, sempre com foco na proteção de dados sensíveis e na conformidade com as normas vigentes.
A inteligência artificial na segurança da informação não é, por si só, uma vilã ou uma salvadora. Tudo depende de como ela é aplicada. Empresas que adotam IA com visão estratégica, boas práticas e suporte especializado colhem benefícios reais: menos riscos, mais agilidade e maior confiança digital.
Já aquelas que ignoram os fundamentos da segurança cibernética correm o risco de transformar uma aliada poderosa em uma ameaça invisível.
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